26 de setembro de 2011

nota #14: Munich - in pictures.

Hoje, apenas imagens.










Tá certo. Só umas coisinhas sobre o bar (HB) das duas últimas fotos.

- só se vendia cerveja de 1 litro
- hoje, pertence ao governo
- tem a segunda maior tenda no Oktoberfest
- logo antes da Primeira Guerra Mundial, foi visitado - regularmente - por Lenin
- Adolf Hitler esteve por ali declarando políticas. The Hofbräuhaus, nome do bar, foi ponto de encontro do partido Nazista.

21 de setembro de 2011

nota #13: Rothenburg ob der Tauber (final)

No final tudo correu 5 estrelas. Mas antes, esclareço algumas dúvidas. Cheguei ontem de manhã em San Diego, mas vou continuar escrevendo sobre a viagem, até que no mundo das estórias, ela se acabe. Um  jeito que encontrei de mesmo voltando pra casa, fazer a experiência durar mais um pouquinho.

Muito obrigada por me ouvir. E por dividir comigo esse momento por tantos meios diferentes! Espero que algumas das notas levem vocês a fazer algo novo (nem que seja, escrever).

Muita gente comparou a cidade com Leavenworth, que fica pertinho de Seattle (no estado de Washington, EUA). Parece sim! A diferença é que Leavenworth foi uma cidade reformada com base numa vila da Bavária, com o objetivo de melhorar a economia... um dia alguém pensou "que tal transformar essa cidade numa vila alemã e ganhar dinheiro com isso?". E deu certo!  Mas não tem história, não tem colonização alemã. É tudo "pseudo".

Voltando a Rothenburg.

A cidade foi bombardeada durante a Segunda Guerra Mundial. Depois da guerra, no entanto, os moradores começaram a reconstruir-la, mas faltou dinheiro. Alemanha em crise, eles apelaram aos fãs da cidade. Isso mesmo. Doações foram recebidas de todas as partes do mundo. Vejam só que cidade amada! E os nomes de muitos dos que contribuíram estão pelo muro que cerca Rothenburg...


(passeio com direito a trilha sonora, e tudo mais)



(pausa para a presepada)


(o tal do muro: a caminhada foi mais fácil pra mim... os meninos foram quicando a cabeça na madeira, mesmo)


(dá tchau pra minha tia molhando as plantas!)


Para alegria de Ale, subimos na torre. As escadas eram para pagar todos os meus pecados e ainda queimar umas calorias... mas valeu ver o muro lá de cima. Amor ainda maior por esses telhadinhos!


Voltamos pro "centro" no anoitecer pra fazer um tour guiado. Mesmo com o corpo doído, só o osso da borboleta, valeu a pena cada passo. E nessa hora não tem como não comparar... a riqueza brasileira está mesmo na sua cultura popular e natureza. Não no patrimônio histórico. Sei que não é justo, mas comparando com a Alemanha, o Brasil ainda escreve seus primeiros capítulos. Me senti numa aula viva, se é que isso existe.

E para fechar o dia, uma jantinha à luz de velas. Amigos muito românticos a fofocar para relaxar a mente.

P.S. depois da foto da janta, ficam as fotos do hotel mais legal de todos os tempos... sem mais!!





19 de setembro de 2011

nota #12: Rothenburg ob der Tauber

Rothenburg ob der Tauber fica no estado da Bavaria. Ruas estreitas, feitas de pedrinhas, casas com telhados triangulares (inventei essa classificação, mas logo você vai entender pela foto). Tudo colorido. Uma espécie de Pelourinho em tons pastéis. Janelas com flores nas sacadas. E lá fomos nós, com as nossas malas por solos medievais...

*um agradecimento à mainha que deixou a mala dela de rodinhas duplas, 360º, para que eu estragasse por aí.



Chegando no hotel, outra surpresa. Pitoresca. Falo sobre isso logo mais no final.

O centrinho da cidade, cheio de ladeiras. E um urso fazendo bolhinhas de sabão na janela.


O castelo, que deu início a vila, foi construído em 950, no topo de uma montanha. Chega a ser estranho escrever um ano sem o quarto dígito. A cidade mesmo foi fundada em 1170. E foi com esse clima histórico que seguimos o passeio até o Museu Medieval Criminal da cidade, o mais importante da Alemanha. Uma relíquia para uma estudante de direito, mesmo que temporariamente em recesso.

Logo ao entrar, começam as explicações sobre o processo de inquisição, quando as pessoas podiam ser condenadas, sem serem processadas. E penalizadas, sem devidas investigações. Bastava uma suspeita. Um tempo em que o medo e a dor da tortura fazia com que pessoas confessassem crimes que nunca cometeram. Nem preciso entrar no mérito que tudo isso era uma forma de extermínio.

Instrumentos de tortura:




Pra mim, o mais interessante foram as penalidades locais.

-- para as mulheres que falavam demais, a máscara da vergonha.



-- para casais que brigassem. (imaginem a cena! o buraco maior, para a cabeça. os menores, para os braços)


-- para os alunos rebeldes!


-- para os que não gostavam de ir à igreja...



(continua)

18 de setembro de 2011

nota #11: Getting around Stuttgart (4)

Passada a ressaca pós-casamento alemão, resolvemos passear por Stuttgart. A primeira impressão que tive, andando a pé, foi que a cidade estava um tanto quanto suja.


Me parece que em alemão o negócio é ir juntando as palavras! O que a gente fala em três palavras, eles simplificam (ou não) em uma só.


Alexandre gostou mesmo das estações de trem. Bem organizadas, coloridas. Algumas, à noite, até tinham umas luzes azul-balada.


Eu amo os parques. Essa mistura de velho e novo. Andar de bike no parque. Verde pra todo lado. Comer no parque. Gente esquisita, com meia roxa até o joelho. Fonte. Velhinhos namorando sentados num banquinho. Criança brincando nas árvores. E claro, sempre acontece aqueles que se sentem mais à vontade e tiram a roupa pra pegar um solzinho.


E o símbolo da Mercedez. Em Stuttgart fica o museu da Mercedez-Benz. Razoavelmente novo, nasceu em 2006. Os meninos foram lá, eu morri na praia e voltei no hotel pra dormir um pouquinho. O que ouvi depois foi que a experiência é válida, principalmente pelo lado histórico da coisa.



E foi passando pelo símbolo da Mercedez, depois cruzando uma ponte, que paramos num parque cheio de manifestantes. Claro que na hora que eu vi, não entendi nada. Mas já gostei. Lavei os olhos! Eram tantas tendas. Tantas faixas. Registrei tudo pra depois procurar o significado daquilo ali.







Seria um festival hippie? Uma feirinha de artesanato? Aula de arte? Tribo indígena? Uma nova casinha na árvore? Sequestro de ursinhos de pelúcia? Nós humanos somos muito curiosos.

Bem. As fotos tratam de uma manifestação contra o projeto Stuttgart 21. Um projeto de desenvolvimento urbano que tem como objetivo mudar o sistema de transporte da cidade, tornando-o todo underground. O projeto foi feito há mais de 10 anos, mas só em Fevereiro desse ano as contruções começaram. O objetivo é tornar Stuttgart o "novo coração da Europa", facilitando a ligação com Paris, Viena e Budapeste. Para isso, muitas partes históricas da cidade precisam ser demolidas. Os protestantes acreditam que a história precisa ser preservada, e as estações de trem deveriam apenas ser reformadas. É sempre bom acreditar em alguma coisa.

Pegamos o trem no outro dia cedinho para Rothenburg ob der Tauber... uma verdadeira viagem à Idade Média.

12 de setembro de 2011

nota # 10: The wedding day, Stuttgart (3)

Casamento de Michaela & Vacco.

Como é óbvio, depois de muito planejamento, entramos no táxi rezando para não chegar atrasados. E minutos antes da entrada da noiva, sentamos no banquinho da igreja. Last minute! Michaela estava linda. E eu até poderia falar aqui sobre como gostei do que ela fez com o cabelo, sobre a roupa do noivo, ou sobre o vestido dela. Mas não vou. Quando penso naquele casal, tudo isso me parece fútil. Mais do que "olhem para mim, hoje é o meu dia", dava pra sentir que o que ela tentava dizer era "celebrem esse momento de alegria comigo". O padre falava com eles de uma forma tão carinhosa. O intérprete mostrou o cuidado que eles tiveram com os convidados. Os amigos dela, formando um coral super afinado, deu personalidade à cerimônia. Foi uma coisa tão serena. Eu desejo do fundo do coração que eles, a cada dia, se casem mais um pouquinho.

Saindo da capela, tinha uma mesa com uns doces, salgados, e champagne! Achei de muito bom gosto. Depois os convidados se organizaram, uns deram carona aos outros, e os carros saíram buzinando rumo à recepção. Uma barulheira massa! A festa deles foi cheia de surpresas. A minha favorita foi a da irmã dela, que deixou preparados vários cartões postais, presos à balões, pra que os convidados escrevem um desejo ao casal, e depois, todo mundo deixasse o balão ao vento. Quem sabe almas bondosas encontram os postais e mandam até os Estados Unidos para eles?



Foram muitas horas de festas. Muita cerveja, e muita comida boa. Voltamos pro hotel depois das 3am. Acabados.

Pra não invadir demais a privacidade dos noivos, resolvi não postar mais nenhuma foto.

Mas desde já gostaria de agradecer a versatilidade de Roberto & Facci, que no dia do casamento abandonaram às suas funções e cuidaram na segurança pessoal dos demais componentes do grupo.


Hihihi.


11 de setembro de 2011

nota # 9: Germany, Stuttgart (1&2)

Os 4 premiados:


Roberto: Rapaz responsável e ponderado. Autor do planejamento da viagem. A partir de amanhã estará concorrendo ao cargo de conselheiro turístico oficial.

Facci: Sem demérito para os outros integrantes da equipe, ganhou o título de sistema oficial de navegação. Um tipo assim, de GPS.

Alexandre: No comments.

Thaianna: Essa que escreve o diário de bordo.

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A viagem começou na quinta.
Objetivo na cidade (Stuttgart): Comparecer ao casamento de Michaela e Vacco.

Chegamos e corremos pra encontrar a outra dupla (Roberto/Facci) e os noivos num "biergarten" da Paulaner, uma cervejaria que na verdade é da cidade de Munich e está entre as cervejas mais vendidas na Alemanha. Resultado: chegamos lá e o encontro já tinha terminado. Resolvemos ficar por ali mesmo experimentar a bebida clássica da sexta, num clássico beer garden, no país onde a cerveja não é comprada apenas por ser a bebida alcoólica mais barata do bar. Ein Bier, bitte!!

O problema é que a gente não contava com isso! Veja você mesmo:


Enrolamos umas palavras em inglês. Fizemos o pedido - confesso que foi uma idéia arrojada para quem não domina a arte do alemão. E esperamos felizes nossas cervejas celebratórias. O garçom chegou com um copinho de chá pra mim. E pra Alexandre, uma semi-tulipa e uma garrafinha. Como São Tomé, só vendo pra crer!!!

OMP, a cerveja era VINHO!

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Quem diz que nos Estados Unidos só rola carro bom pela rua, ainda não deve ter vindo na Alemanha. Só maravilhas, papai. Como explicar que o povo compra uma Mercedez pra trabalhar como taxista? Ninguém precisa esperar, de propósito, alguém pegar o táxi da frente só porque o que vem logo atrás é mais novinho, limpinho, ou tem quatro portas. Aqui, todos os táxis são bapho. Tive até que fotografar o momento em que vi a tarifa no retrovisor! Pobre é uma desgraça.


Amanhã tem mais. Já ouço roncos ao meu redor. Tschüss.


Dicionário alemão-português:
biergarten: bar/restaurante alemão com mesas do lado de fora.
ein Bier, bitte: uma cerveja, por favor
tschüss: tchau

6 de setembro de 2011

nota # 8: dislike!

Eu normalmente sou uma pessoa aberta. E respondo a maioria das perguntas que são feitas à mim honestamente. Então, eu tento escrever sobre o que eu estou vivendo, mas nunca fui mesmo muito boa em expressar o que eu sinto de forma pública. Geralmente, o que as pessoas acham que eu tô sentindo, não é. Não colocaria no status do meu Facebook uma frase triste no dia em que eu terminei o namoro. Não mando recado. Não digo que amo pra que todos vejam, se a minha intenção é que essa frase faça diferença apenas na vida de uma pessoa.
Como dividir algo que você vive tão intimamente, de forma pública? Parece um pouco com montar um show de striptease e doar os ingressos.

Existe esse lugar entre acabamos de nos conhecer e não estamos mais juntos. E se você está vivendo lá, aproveite a brincadeira a dois. Eu já estive em outros relacionamentos. Já dei fora e já levei pé na bunda. Acreditem, quando menos publicidade, melhor.

Uma coisa louca acontece quando a gente conhece alguém que gosta. As primeiras semanas são tão excitantes: Você não pára de rir. Você passa o dia olhando o telefone esperando que ele toque. Ele te dá borboletas, quase uma dor-de-barriga. Seu coração quer sair pela boca, você fica nervosa, ele é engraçado, ele coloca a mão na sua, você fica toda adolescente.

Mas - se ele não te dá borboletas - você precisa resolver se vale a pena, se você vai se afastar e desligar o telefone. Blá, blá, blá. Ai! Alguém sempre sai ferido.

Quando você resolve se comprometer com alguém especial, parece que chega a hora de anunciar para o mundo digital. E lá vai no seu perfil "namorando", "casado", "em um relacionamento sério com", e os seus amigos ganham o direito de escrever o que eles acham sobre isso. Bem, na hora que termina, é a mesma coisa. Patética. Quando meu último relacionamento acabou eu me lembro que o Facebook foi uma das primeiras coisas com que eu me preocupei. Tanto que, eu deletei a conta toda, alguns dias depois.

(na minha cabeça)
Oxe, e agora, o namorando no facebook? Eu não quero os amigos dele comentando. E os amigos dele? Deleto todo mundo?

Come one people. I was in love. Facebook? WTF?

To aprendendo a fazer diferente. É sempre assim, vou aprendendo como posso... mas deixo aqui um botão de "dislike" para os casais que ainda não aprenderam a mandar msg no celular, usar o Inbox, email... e acham que é bonitinho encher a MINHA wall de declarações de amor. Marquem um encontro, por favor.