24 de novembro de 2011

nota #18: ciao!!

[O Aeroporto de Fiumicino é o maior da Itália e é por lá que chegam a maioria dos vôos internacionais. Por sorte, o meu vôo e o de A. chegaram no mesmo terminal. Primeira dica: para ir à Roma, pegue um táxi com tarifa fixa, 40 euros.]

À primeira vista, Roma me pareceu um tesouro inesgotável de arte e cultura. É tanta coisa acontecendo que é normal parar no meio na rua, sem saber direito o que fazer. Parte disso por causa do trânsito, um tanto quanto caótico. Cheio de motos e de carros pequenos, tipo Smart. Meio complicado andar na rua. É cada fino! E quando você acha que está numa rua estreita demais para que se misture pedestres e carros, você (plim) ouve um barulho de motor e tem que pensar rápido se se joga pra direita ou para a esquerda. Ruas de pedrinhas. Gente falando alto em qualquer canto. E como falam bonito! Buon giorno. Grazie. Antipasti. Bibite.

Merece uma trilha sonora neh? Penso nesse cd de Renato Russo o tempo todo. Vamos com a música que tem como nome uma das minhas palavras italianas favoritas: due.



Estamos num hotel que fica na área do Panteão. Muito bem conservado, passou de centro politeísta à católico ao longo dos anos. Super alto e com um óculo lá no meio do teto. Ou um buraco mesmo, caso fique mais fácil de entender, por onde entra luz do sol e também cai a chuva molhando tudo. No caso da chuva, existe um sistema de drenagem impressionante pra dois mil anos atrás. Gostoso também é tudo o que tem em volta, os restaurantes, os cantores de rua, a iluminação, aquele monte de gente.

Paramos pra comer ali. Não sei o que existia naquela farinha! Pasta al dente e molho de tomate tão fresquinho que não dá pra dizer se era doce ou azedo, era uma coisa um tanto quanto as duas coisas.

Meus olhos não viram muitas coisas tão imponentes quanto o Coliseu, na vida. Cercado de atenção dos turistas, mimado por flashes vindos de todos os lados. Não compramos o tão recomendado Roma Pass, mas pra felicidade geral, as filas não estavam lá muito grandes. O anfiteatro Flaviano foi construído por 8 anos. Você entra e já fica imaginando o número de pessoas que estiveram ali para assistir os gladiadores. A tal política do "pão e circo" usada pra distrair a população de problemas sociais como o desemprego. Uma coisa meio Carnaval de Salvador.

Um escravo conseguia liberdade se lutasse 100 lutas como gladiador. Ou seja, desiste filho. No lugar onde ficava a arena, hoje, é possível ver o que estava no andar abaixo dela. Animais e prisioneiros, que deviam ficar enlouquecidos naquele subsolo, ouvindo os gritos da galera louca esperando por eles na arquibancada. Tudo me pareceu um verdadeiro labirinto. É fácil se perder na história estando ali.

Sabe, tá sendo difícil entrar no fuso horário aqui, mas preciso me esforçar. Vou aqui sonhar com o café da manhã pra ver se caio no sono mais rápido (logo depois de ler mais um pouco sobre o Vaticano).

Buona sera.

Um comentário:

  1. Amiga, toda sua nota me lembrou varios filmes que amo. No inicio sobre as ruas de Roma me veio logo Julia Robert andando pelas ruas de Roma sem saber exatamente para onde olhar e os carros e motos passando, todas as pessoas falando lindo e ao msm tempo..e tbm meu favorito "Cartas para Julieta". Ja sobre o coliseu é impossivel nao se lembrar de "O Gladiador", uma grande producao que amo.
    Aproveite e post fotos :)
    Beijos

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